
No dia 17 de junho deste ano aconteceu um importante fato para o turismo do Brasil, que foi o início da isenção de visto para os turistas estadunidenses, canadenses, australianos e japoneses que desejam visitar o Brasil.
A isenção de visto para estrangeiros é uma demanda antiga da indústria brasileira de turismo, mas que até agora nunca tinha saído do papel, pois se acreditava que essa medida violaria o princípio da reciprocidade na política externa, enfraquecendo o Brasil diante desses países.
A experiência nos mostra que quando americanos, japoneses, canadenses e australianos ficaram isentos de vistos, entre 1º de junho e 18 de setembro de 2016, estimulando o turismo relacionado às Olimpíadas do Rio, os números do Ministério do Turismo brasileiro mostraram que 163.000 visitantes dos quatro países viajaram para Brasil naquele período, com uma alta de 55,3% em relação ao mesmo período de 2015. Segundo a pasta, o número de chegadas de estadunidenses cresceu 47%, o de japoneses, 61%, o de canadenses, 84% e o de australianos, 107% . Estima-se que esses países gastaram US$ 167 milhões no Brasil durante esse período de isenção.
Sabe-se também que os estadunidenses são o segundo maior grupo de visitantes estrangeiros no Brasil, com 7,2% de participação nas passagens e 475 mil turistas enviados em 2017, último ano com dados disponíveis.
Assim, foi com esse cenário que no último dia 8 de Julho o Consulado-Geral do Brasil em Atlanta promoveu o workshop FISH IN BRAZIL 2019, para a difusão do turismo e, especialmente, da pesca esportiva no Brasil. O workshop foi dirigido a agentes e operadores de turismo de aventura e a lojas especializadas em pesca esportiva, anunciando o fim da exigência de vistos para turistas dos EUA.
O Brasil, com sua enorme extensão territorial, possui uma majestosa rede fluvial, um litoral extremamente longo, de 4.655 milhas de extensão, e uma fauna aquática com uma diversidade inigualável de peixes. Com esse perfil, o Brasil constitui um dos melhores países para a prática da pesca esportiva, que precisa ser conhecida e divulgada em todo o mundo.
Por sua vez, a América do Norte possui um grande público de entusiastas da pesca esportiva, o que a torna um grande e importante mercado potencial para ser explorado pelo Brasil neste setor, tanto aqui nos EUA como também no Canadá.

No workshop FISH IN BRAZIL 2019, a abertura foi realizada pelo Ministro Luciano Souza, com o anúncio da isenção de visto para turistas dos EUA, Canadá, Austrália e Japão. Em seguida, o Sr. Antonio Kaupert Jr., do SECOM do Consulado do Brasil em Atlanta, apresentou as 4 regiões de pesca esportiva mais importantes do Brasil (Pantanal, Araguaia-Tocantins, Amazônia e costa litorânea), detalhando a geografia, clima, hidrografia, flora e fauna, culminando com as principais espécies de peixes esportivos de cada uma dessas regiões.
O Sr. Kelven Lopes, consultor de turismo de pesca esportiva na América do Sul, detalhou tecnicamente cada uma das principais espécies de peixes esportivos do Pantanal, Araguaia-Tocantins e Amazônia, finalizando com apresentação da modalidade de pesca com mosca na selva (jungle fly-fishing).
Após o almoço, o Sr. Johnny Hoffmann, figura pública do setor de pesca esportiva no Brasil, discorreu e apresentou vídeos sobre as emoções da pesca das diferentes espécies de peixes da Amazônia, com as excelentes estruturas logísticas e turísticas hoje disponíveis.
O workshop teve, ainda, uma exibição de vídeo sobre a pesca oceânica e sua estrutura turística no litoral do Espírito Santo, estado que detém atualmente os recordes mundiais de pesca dos marlins branco e azul. Ao final do workshop foi realizado um coquetel, com ofertas de “fam trips” aos presentes.
Parceiros que colaboraram para que o workshop fosse realizado: ES DESTINATIONS: Cida Barfield & Neal Barfield; BACC-SE (Brazilian-American Chamber of Commerce of the Southeast): Lucia Jennings; Especialistas que engrandeceram o workshop, com informações ricas e precisas:
KELVEN LOPES
- Graduado em Zootecnia e Mestrado em Zootecnia
- Consultor de pesca esportiva do governo federal há 14 anos
- Diretor da IGARAPESCA, empresa de consultoria em turismo de pesca, há 2 anos, regulando o turismo de pesca esportiva em Terras Indígenas e Unidades de Conservação
- Autor da lei que criou a categoria de profissão de Guia de Turismo de Pesca
- Guia especializado em pesca com mosca na selva (jungle fly fishing).
JOHNNY HOFFMANN
- Guia de pesca esportiva na Amazônia há 12 anos
- Apresentador do programa de TV Momento da Pesca desde 2004
- Apresentador e idealizador do canal A Liga da Pesca no Youtube, que traz conteúdo sobre equipamentos, eventos, técnicas, novidades, meio ambiente e gastronomia
- Consultor de marcas de equipamentos de pesca esportiva na América do Sul
- Autor de artigos para revistas especializadas em pesca de 1997 a 2010
- Proprietário do canal Johnny Hoffmann no Youtube, doando 100% da receita para o Hospital do Câncer de Barretos, no interior de São Paulo.

Da Redação
Fotos por Thaynara Pope
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